quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Analisando I

Ah, vida de blogueiro foda é uma merda mesmo, não tenho paz... é muita gente mandando cartas, e-mails, mensagens de celular, telégrafo, enfim, o povão que não tem mais o que fazer pedindo pra eu atualizar mais esse negócio. Ok, ok!!! Demoro mesmo, uai, não é sempre que eu tenho paciência pra escrever ou mesmo assunto... como eu não sou muito de ficar narrando minha vida de modo objetivo não gosto de chegar aqui e escrever algo como: "oi, hoje levantei, tomei café, rebolei a bunda na esquina, comi pastel de frango com maionese, vomitei, mijei 5 vezes, caguei uma, bebi um litro e meio de água - mesmo sabendo que tem que tomar dois, e bla bla bla"... na boa, eu não vejo graça nisso...

Então resolvi que para salvar a vida dos meus fãs que nada tem (agora sem acento diferencial, eu ainda preciso decorar todas essas regras) o que fazer eu vou analisar coisas que são necessárias para a vida humana... não as coisas, mas as análises! E pretendo me divertir fazendo isso!

Para minha primeira análise séria escolhi uma música extremamente profunda que possui uma poesia maravilhosa em sua letra e é de grande importância para o país (ixi, será que tem acento... ai caraio), e por alguma razão idiota ela não saiu da minha cabeça hoje. Segue a letra...


Marcha soldado
Cabeça de papel
Se não marchar direito
Vai preso no quartel
O quartel pegou fogo
Francisco deu sinal
Acuda, acuda, acuda
A bandeira nacional
o que dizer dessa letra? é uma pena que eu não sei colocar som no blog, senão cantaria pra vcs.
Meu, isso é ridículo... analisemos:
"marcha soldado cabeça de papel" há nessa frase uma ambiguidade (sem trema) papel é denotativo ou conotativo? de repente ele é só um soldado meio burro, ou pode ser um soldado constituído de papel, e quem canta a música de repente é o soldadinho de chumbo que tá um nível acima do de papel.
"se não marchar direito vai preso no quartel" , dessa frase a gente descobre que o eu-lírico do poema é hétero... pq se gay fosse "ser preso no quartel" não seria nenhuma ameaça ruim, uma vez que no quartel tem cada cara gato... hehehehe
"o quartel pegou fogo, Francisco deu sinal" essa é a minha frase preferida.. afinal, quem é Francisco nessa porra?? é o soldadinho de papel? o de chumbo? o hétero? o gay? o Osama? não dá pra saber... quem será Francisco? quem será??!! E que tipo de sinal ele tá dando? e pq os soldados que são héteros vão se importar com o quartel que tá pegando fogo se lá é um tipo de prisão??? é bem difícil analisar essa frase, várias interpretações são possíveis...
"acuda, acuda, acuda a bandeira nacional" não precisava de tanto acuda, eu aposto que quem fez essa música não tinha outra palavra pra colocar na hora... e no mais, a bandeira do Brasil é bem brega, queimada fosse talvez a gente conseguiria uma bandeira mais luxo que essa é bem cafona... eu deixaria queimar na boa e correria atrás do tal do Francisco... pq ele é foda!
Uffa... a gente acha que é fácil sair cantando essas musiquinhas, mas na hora de analisar não tem nada de fácil!!!

Podem mandar novas interpretações pra serem discutidas... e assim eu prometo não sumir por tanto tempo!!
Ps: relato rápido sobre a minha vida: "To bem!!!"

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Samson!

Fitei por alguns longos segundos a rua escura lá fora, estático como um totem, próximo a janela q estava aberta. O vento úmido me dizia que iria chover logo, a cidade preparava-se para a chuva! Uma senhora carregando sacolas de supermercado andava a passos rápidos como se quisesse evitar ser atingida pelas gotas que logo cairiam do céu. Um menino de uns sete ou oito anos sentado na calçada me chamou a atenção. Ele olhava curioso para as moedas em sua mão como se quisesse contá-las e parecendo não conseguir colocou-as em seu bolso ignorando o valor delas. Era uma brincadeira do destino comigo, usando uma metáfora barata para me fazer pensar... o menino e as moedas em sua mão, sem saber o valor delas ele as coloca no bolso ignorando-as, assim fiz eu com pessoas indispensáveis em minha vida, sem conseguir dar o devido valor a elas eu simplesmente as ignorei.

Sem saber o valor das moedas ele deixou de tirar o maior proveito que poderia delas como eu deixei de aproveitar o melhor das pessoas que guardei em meu bolso e fingi esquecer! O destino cruel sabia que iria me magoar. Sentei aqui em frente ao computador e comecei a ouvir "Samson" - Regina Spektor - e depois de desistir da idéia de cortar os pulsos (sempre a primeira idéia que se tem ao ouvir essa música) resolvi escrever! Queria voltar a ser criança pra deixar de lado orgulho e timidez e procurar essas pessoas com uma flor pra cada e uma cartinha pedindo desculpas sinceras por ter me escondido delas. Por ter negado o ombro e o abraço em tantas vezes necessárias!


Perdão!